Aula 2 - Biodiversidade, ecossistemas e recursos naturais: percepção de atores sociais em APs.
O seminário “Biodiversidade, Funções e Serviços Ecossistêmicos e Recursos Naturais: percepções ambientais de atores sociais em áreas protegidas”, trata de definições e abordagens conceituais sobre i. biodiversidade; ii. funções e serviços ecossistêmicos; e iii. recursos naturais e entrevistou 9 pessoas entre gestores e moradores de áreas protegida e do entorno.
Foi coordenado por Giully Batalha Silva, doutoranda em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental na UDESC, de Santa Catarina, que também preparou e apresentou o item ii e teve participação de Marco Antonio Martins, bacharel em Geografia pela USP, de São Paulo, que preparou e apresentou o tema i, Sarah de Freitas, mestranda em Geografia Física na USP, de São Paulo, que preparou e apresentou o tema iii, Ariana Sousa, Coordenadoria Municipal de Licenciamento Ambiental, mestranda em Sustentabilidade na Gestão Ambiental na UFSCAR, do Pará, que coordenou o diálogo com os participantes, e Daniel Castro, coordenador de Planos de Manejo do ICMBio.
Participaram ainda, como convidados: Tarcísio Roldão da Rosa, professor, poeta e guia de turismo, mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental (UDESC), como morador do entorno do Parque Nacional de Aparados da Serra e Parque Nacional Serra Geral (por vídeo) e Pâmella Nogueira, recente chefe do Núcleo de Gestão Integrada Aparados da Serra Geral (Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral) e mestre em Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia (Inpa).
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Curso de extensão (difusão): “Conservação Colaborativa em Áreas Protegidas; um novo paradigma de gestão?”.
As áreas protegidas têm sido consideradas como o melhor instrumento para conservação da natureza e entendemos que também sejam uma das melhores formas de propiciar o acesso aos múltiplos benefícios que prestam à sociedade. No entanto, o atual modelo de gestão (como geralmente se supõe: governamental, unificado, centralizado...) não representa a realidade e atende a sociedade só parcialmente.
Objetivos
● Promover a reflexão sobre a realidade da gestão dos conjuntos de áreas protegidas, no sentido de reconhecer a colaboração múltipla de atores sociais para sua eficaz conservação e prestação de serviços à sociedade.
● Promover diálogo de saberes, entre profissionais e pesquisadores, além da promoção da sua interação com outros atores sociais, usuários ou interessados.
● Refletir sobre desafios ou caminhos no sentido de viabilizar uma gestão mais aberta e inclusiva, considerando a multiplicidade de serviços prestados à sociedade, a diversidade das contribuições dos atores sociais e as novas necessidades.
Notas conceituais
− As áreas protegidas são compreendidas em seu sentido amplo – incluindo unidades de conservação, territórios tradicionais, parques urbanos e áreas conservadas para outros fins e que contribuem para a conservação da natureza.
− Sua gestão compreende proposição e criação, planejamento, gestão, monitoramento e avaliação de conjuntos e de áreas protegidas individuais. A sua governança considera os poderes de decisão e os mecanismos associados.
− A conservação colaborativa em áreas protegidas (conceito em construção coletiva, proposto por Maretti em 2016) considera o reconhecimento da multiplicidade de contribuições de atores sociais e a necessidade de promover sua inclusão para melhor prestação de serviços à sociedade.
Promovido pelo Departamento de Geografia FFLCH USP e desenvolvido colaborativamente pelo grupão de estudos: 52 especialistas ativos e mais de 30 entrevistados ou convidados. A responsabilidade da coordenação executiva é do doutor Cláudio C. Maretti, pós-doutorando na Geografia FFLCH USP. A supervisão direta é da doutora Sueli Angelo Furlan, professora da Geografia - FFLCH da USP. Há coorientação ao grupão pela doutora Marta de Azevedo Irving, professora do Programa Eicos da UFRJ.
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Link para bibliografia e material do curso: https://bit.ly/3tA0DlQ .